Justiça Eleitoral 

Zonas eleitorais da região estão ameaçadas de serem extintas

José Mauro Batista

A iminência de perderem zonas eleitorais está preocupando lideranças e eleitores de municípios gaúchos, principalmente pequenas cidades do interior. Preocupação compartilhada por municípios da Região Central. 

A decisão de extinguir esses órgãos da Justiça Eleitoral partiu do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ainda em 2014. Depois vieram outras três resoluções com regras para o rezoneamento, uma delas publicada no início do mês passado, ampliando a extinção dessas estruturas.

Extraoficialmente, há informações de que Santa Maria perderia a 147ª Zona, que funcionava em Catuípe até 2009, quando foi transferida para o Coração do Rio Grande. Se isso ocorrer, o município voltará a ter duas zonas eleitorais, a 41ª e a 135ª.

VÍDEO: o que pensam os vereadores de Santa Maria sobre a situação de Temer

O Diário ouviu chefes de cartório de nove municípios e todos afirmaram que há muito boato e informações desencontradas. De concreto, o que eles sabem é que há uma pressão de juízes e promotores eleitorais e de lideranças municipais para reverter a decisão do TSE. O próprio Tribunal Regional Eleitoral (TRE) gaúcho, por meio de seu presidente, desembargador Carlos Marchionatti, é contrário às mudanças.

– Há muito diz que me diz, porque o TRE está se mobilizando. Mas se ocorrer (a extinção), a fiscalização ficará precarizada – opina o chefe da 135ª Zona Eleitoral, Vinícius Teixeira.

Comissão aprova mais R$ 102 mi para PF retomar a emissão dos passaportes

DADOS SIGILOSOS

A assessoria de imprensa do TRE-RS diz que a relação de zonas eleitorais ameaçadas ainda está em estudo e que ¿os dados não são públicos¿. A Secretaria de Tecnologia da Informação do tribunal gaúcho também afirma não poder disponibilizar a relação de cidades onde haverá mudanças porque o mapa está em construção. O TSE estipulou que os tribunais regionais terão até 14 de agosto próximo para enviar as relações.

O TRE expediu ofícios às zonas eleitorais pedindo informações sobre particularidades para subsidiar o documento a ser enviado ao TSE. Juízes eleitorais têm até sexta-feira da próxima semana para informarem. Enquanto isso, há romaria de juízes e promotores eleitorais, prefeitos, vereadores e lideranças municipais ao gabinete do presidente do TRE gaúcho para reforçar a pressão contra as extinções e remanejamentos.

Vereador chegou à Câmara com a ajuda da "mãe adotiva"

– É um estudo frio com relação aos critérios, mas tem que se levar em conta peculiaridades, como uma comunidade que é inimiga e dificuldades de acesso – diz uma servidora da Justiça Eleitoral, que pediu para não ter o nome revelado.

Confirmado até agora é que o TSE pretende extinguir 72 zonas eleitorais em 16 capitais, o que representaria uma economia de R$ 13 milhões ao ano. Porto Alegre não foi incluída. Já em cidades com mais de uma zona e até 200 mil eleitores, só será mantido o atual número de estruturas se houver 70 mil por zona.

Carregando matéria

Conteúdo exclusivo!

Somente assinantes podem visualizar este conteúdo

clique aqui para verificar os planos disponíveis

Já sou assinante

clique aqui para efetuar o login

Anterior

A lição da tartaruga e as finanças 

Próximo

Loja de sapatos abre vagas de emprego em Santa Maria

Economia